quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Mamãe que ensinou

Acho que eu comecei a cozinhar com 11 anos. Foi mais ou menos nessa época, por volta de 2000, que a minha mãe me ensinou a fazer café e miojo, afinal de contas eu já estava virando uma mocinha (e eu odiava ser chamada assim).

Daí meus pais abriram uma loja e eu comecei a esquentar o almoço que mamãe deixava pronto.
Mas eu nunca gostei muito de microondas. Pra mim a única utilidade de um é fazer pipoca e esquentar o leite (quando eu bebia leite). E eu comecei a esquentar o arroz numa panelinha separada, a picar a alface, fazer os nuggets (tá eu fazia no microondas) e fazer o molho rosé para acompanhar os quitutes.

Me lembro de uma vez enjoar de tal cardápio e pegar um monte de coisa na geladeira e colocar junto do arroz, me senti num programa da Ana Maria Braga naquela ocasião, e aquilo ficou uma delícia. Depois meu irmão foi almoçar em casa e eu passei a fazer risotos para nós dois. Eu achava aquilo tão divertido. Me sentia uma verdadeira chef.

A verdade é que eu não via a hora de morar sozinha, ou sei lá, de casar, pra poder fazer aquelas coisas pra mim, com os meus ingredientes, testar condimentos e ervas novas. E agora que eu posso fazer tudo isso, que meu sonhos está realizado, eu queria ter muito dinheiro para poder todos os dias em restaurante. Porque fazer arroz pra uma pessoa é triste. Macarrão pra uma pessoa é deprimente e se tem uma coisa que eu não faço mais é batata frita! Eu morro de medo do óleo quente, dele espirrar em mim, credo!!!

Pelo menos eu já me acostumei com o cheiro da cozinha e de ter que lavar a louça depois.

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